Hoje gostaria de falar sobre a tão propalada auditoria as contas do Sporting. Como é sabido no ultimo sufragio eleitoral concorreram ao Conselho Fiscal e Disciplinar 6 Listas.
Lista A - Godinho Lopes
Lista B - Pedro Baltazar
Lista C - Bruno de Carvalho
Lista D - Dias Ferreira
Lista E - Abrantes Mendes
Lista F - Candidatura independente
O Presidente em exercício convocou uma primeira reunião convocando a presença de todos os candidatos à Presidência do Sporting, dos quais apenas Pedro Baltazar e Abrantes Mendes participaram. Após este primeiro momento foi convocada nova reunião e desta vez Dias Ferreira decidiu juntar-se ao grupo.
O que gostaria de perguntar ao Presidente é muito simples. Porque é que a Lista F não teve direito a participar na reunião?
De salientar que as Listas F( Candidatura Independente) e C(Bruno de Carvalho) foram as unicas listas que tiveram uma referencia expressa à realização de uma auditoria externa as contas do clube durante a campanha.(cliquem)
Vamos agora a umas curiosidades:
1) Sabiam que a Lista F(CI) teve mais 707 sócios do que a Lista E(Abrantes Mendes)?
2) Sabiam que a Lista F(CI) teve apenas menos 91 sócios do que a Lista B( Pedro Baltazar)?
3) Sabiam que na reunião para a constituição de uma equipa para a Auditoria não estavam representados cerca de 45% dos associados do Sporting?
4) Sabiam que estes senhores mesmo assim definiram uma comissão com 3 elementos nomeados (1 por Dias Ferreira, 1 por Pedro Baltazar, 1 Abrantes Mendes) sendo que a restante comissão é constituida por elementos do Conselho Directivo do Sporting?
5) Lista de nomeados:
LISTA A : Conselho Directivo Sporting
LISTA B : Gonçalo Faria Carvalho
LISTA C : Não compareceu
LISTA D : Helder Palma Veiga
LISTA E : Jesus de Oliveira
LISTA F : Os "afinados" não tem direito a opinião!
6) Sabiam que Bruno de Carvalho foi processado pelo Sporting!?
COMUNICADO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL (site do Sporting)
De seguida deixo-vos com um artigo de opiniao do saudoso Senhor ARTUR AGOSTINHO no Jornal Record
Fico na dúvida. Serei eu que não sei escrever ou haverá quem não consiga (ou não queira) entender aquilo que escrevo. Das poucas vezes em que – a propósito da crise do Sporting – falei em… auditorias externas, provoquei um certo desconforto e algum nervosismo em dois ou três amigos meus. O que – confesso – me surpreendeu, pois sempre tive o cuidado de deixar bem claras as minhas intenções.
Li e reli o meu último texto sobre o assunto (“Pingos de lama”) e não encontrei motivos para qualquer desconforto ou nervosismo. Nem para que possa pensar-se que pretendi sugerir alguns destinatários entre dirigentes ligados ao Sporting, nas últimas duas décadas. Aliás, importa recuperar alguns pontos do artigo que considero perfeitamente esclarecedores:
1.º – A auditoria não contemplava qualquer intenção de “caça às bruxas” ou de ajuste de contas ainda em aberto.
2.º – Interessava saber – isso sim – quando, como e porquê o “desastre” começou.
3.º – Era nosso desejo libertar das suspeitas de que, injustamente, são alvo alguns sportinguistas respeitáveis.
Mais honesta e transparente do que isto não me parece possível a intenção manifestada.
Sei que as contas do Sporting, há muito que são auditadas. O que – perdoem-me os meus amigos entendidos na matéria – não me parece dar resposta cabal à pretensão deste modesto escriba, que é, afinal, a de milhares de sportinguistas. Não considero suficiente saber se, ao fim de um ano, o Sporting arrecada um milhão em receitas e tem uma despesa de seis ou sete! Não me satisfaz saber que tanto as receitas como as despesas estão devidamente documentadas e que a auditoria considerou tudo certo – imaculadamente correto. O que pretendo é saber a razão por que se gastou muito mais do que se recebeu? Quais os erros cometidos? E porquê? Houve incompetência, azar ou os mercados “avariaram”? Mais: o que foi feito para corrigir os maus resultados? Já agora, aos primeiros sinais do “desastre”, o que fez o Conselho Fiscal? Chamou o Conselho Diretivo à razão? Não sei mas, à boa maneira dos tempos da “outra senhora”, talvez tenham preferido “deixar andar” do que entrar em colisão com quem os escolheu para a sua lista. Se o tivesse feito, talvez não tivéssemos chegado onde chegámos. Apenas para quem tem memória curta e sem qualquer intenção especial: o BPN e o BPP também eram auditados e foi o que se viu.
O Sporting perdeu na Luz mas deixou um sinal positivo de vontade de mudar. Às vezes, é sobre as derrotas que se constroem as grandes vitórias. Está na hora de acreditarmos…
Gostaria de vos deixar também o comunicado de hoje da Lista F, e mais não digo, cada um que tire as suas conclusões!
É com grande preocupação que os membros da Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting Clube de Portugal (“CI”) que participou nas últimas eleições notam o evoluir dos preparativos para a auditoria às contas do Clube. A este respeito, e por ter recebido várias perguntas por parte dos seus apoiantes sobre que papel teria a CI, não pode esta deixar de comunicar o seguinte:
1. O termo “auditoria” é hoje parte integrante do vocabulário dos Sportinguistas, tendo-se tornado, ao cabo dos últimos anos, um dos pedidos mais insistentes por parte de quase todos os quadrantes leoninos.
2. A importância de uma verdadeira auditoria de gestão desde Junho de 1995, combinada com a elaboração de um “livro branco” que detalhe a gestão de todas as dezanove sociedades que compõem o chamado “Grupo Sporting”, quer em termos quantitativos de evolução de passivo e activo, quer em termos qualitativos sobre as escolhas tomadas pelos sucessivos Conselhos Directivos (“CD”), foi inicialmente sublinhada pelo Movimento Leão de Verdade e mais tarde pela candidatura Ser Sporting, cujos membros, conforme é sabido, integraram em parte considerável a CI.
3. Mais ainda, nas últimas eleições, foi a CI a única candidatura a avançar com um modelo concreto de auditoria e com os indicadores de gestão que doravante devem ser regularmente apresentados aos Sócios. Cumpre notar que a lista vencedora começou por nem propor uma auditoria, aderindo mais tarde a esta proposta, percebendo talvez a importância que os Sportinguistas hoje unanimemente lhe dão.
4. Por todos estes motivos, a somar ao facto de que a votação da CI nas últimas eleições (6,61%, correspondentes a mais de 1000 associados) revelou um grande número de Sportinguistas com intenção de que as medidas da CI fossem implementadas, foi sem surpresa que esta reagiu quando foi oficiosamente contactada no passado dia 29 de Março por um dos elementos do recém-empossado CD, Pedro da Cunha Ferreira, que transmitiu aos membros da CI o interesse em que estes participassem na definição das regras e âmbito da auditoria.
5. Para este efeito, foi inclusive agendado um contacto posterior com o Presidente do CD, para que se combinasse uma data para uma reunião. A CI, agindo de boa-fé, confiou então que seria incluída neste processo.
6. No entanto, nenhum destes contactos subsequentes se materializou até à data deste comunicado, tendo a CI verificado pela comunicação social que a comissão de supervisão da auditoria a realizar já terá sido formada, tendo sido ouvidas apenas representantes de algumas das listas candidatas ao CD.
7. Face a este conjunto de circunstâncias, podemos ser levados a concluir que o presente CD decidiu deliberadamente excluir a CI, por entender que esta exigiria uma auditoria em moldes que não lhe interessa fazer. Para a CI, o incumprimento deste compromisso – oficioso – é um sinal funesto quanto ao detalhe e escopo da mesma. Com efeito, o CD do Clube, tendo conhecimento do formato de auditoria defendido pela CI, terá optado por não o discutir com a mesma, ao contrário do inicialmente previsto.
8. Assim, a CI deixa aos Sportinguistas a garantia de que permanecerá atenta e vigilante ao desenrolar deste processo, pugnando por que a auditoria a realizar compreenda, necessariamente, pelo menos os seguintes aspectos:
a. Apresentação de contas consolidadas do período em questão, com indicação das relações existentes entre as várias sociedades do Grupo e da análise das transferências de valor entre as mesmas;
- a) Apresentação de contas consolidadas do período em questão, com indicação das relações existentes entre as várias sociedades do Grupo e da análise das transferências de valor entre as mesmas;
- b) Análises financeiras às participadas do Sporting Clube de Portugal, no sentido de se avaliarem indícios de imparidade nas mesmas;
- c) Evolução de passivos e activos, relacionando-a com os sucessivos CD; e
- d) Gestão e evolução do património do Clube, com explicação detalhada sobre os principais negócios, como a venda dos terrenos do antigo estádio, construção do estádio e da academia e venda do património não desportivo.
9. A CI não permitirá e denunciará qualquer manobra de branqueamento que permita resolver a questão da auditoria com um afloramento inócuo das matérias, reservando-se ainda o direito de, a seu tempo, emitir um parecer sobre os resultados que a auditoria revele e a idoneidade dos mesmos.
10. Independentemente de quaisquer resultados eleitorais, a CI permanece intransigente na sua defesa dos interesses do Sporting Clube de Portugal.
Não desistimos de um Sporting transparente e informado sobre o seu passado, para que possa enfrentar com confiança o futuro. Continuamos fiéis aos valores que defendemos:
Independência. Rigor. Verdade.
Lisboa, 14 de Abril de 2011
A Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting Clube de Portugal
Elucidativo q.b.
ResponderEliminarCada vez que vejo posts destes, mais me convenço que estou certo em fazer parte de um número crescente de pessoas que querem saber a verdade.
Obrigado por ajudares à elucidação da nação verde-e-branca!
O que diz este post é que a Lista F era a única capaz de garantir uma auditoria verdadeira e independente. Desculpem mas não papo essa. O convite foi feito a todos os presidentes que se candidataram porque apenas eles apresentavam uma solução global para o Sporting.
ResponderEliminarJá agora gostaria que este blog destacasse a circunstância de Bruno de Carvalho ter agitado a bandeira da auditoria durante a campanha e depois ter-se recusado a estar presente na reunião que a ia definir. Se a lista F era assim tão importante porque motivo não sugeriu que em vez dele a convidassem?
Outra coisa engraçada: ao convidar três candidatos, GL colocou-se automaticamente em minoria. O que significa que qualquer solução defendida pelos demais seria automaticamente aprovada, sob pena de denúncia pública dos demais candidatos.
Tenham vergonha...
Se este Gordinho Flopes é mais um daqueles que pertence á dinastia roquetista, como é que acham que esta auditoria não poderia ser afinada?!
ResponderEliminarSe assim não fosse, até ele próprio estaria em maus lençóis devido ao buraco financeiro que existiu na construção do novo estádio e do qual GL foi responsável.
Metam uma coisa na cabeça, o Sporting só se salvará no dia que vier alguém de fora e nunca tenha estado directamente envolvido nesta catástrofe directiva de á 15 anos a esta parte, caso contrário é como uma bola de neve que vai aumentando á medida que eles se vão sucedendo e se servindo do clube.
Vejam o caso do Boavista, enquanto aquilo foi dando a dinastia lourinista foi-se servindo do clube. No dia da derrocada, tal pai tal filho, abandonaram os dois o barco e hoje o Boavista joga nos distritais.
De afinação em afinação até quando?!
Caro Anónimo
ResponderEliminarComo é que GL se coloca em minoria ao convidar as 3 listas? Cada uma dessas listas convidadas integrará um membro na comissão de auditoria. E GL e a Direcção do SCP integrarão quantos??
É penas mas ainda continuam a existir muitos sócios do SPorting que preferem as "afinações" do que a verdade dos factos...
Resposta a "anónimo":
ResponderEliminarComo sabe, o GL não está em minoria nenhuma, tal como os dados apresentados neste post sugerem. Parece-me evidente que o Pedro Baltazar joga no mesmo lado do campo do Godinho Lopes, tanto é que a sua candidatura foi lançada para intrometer nas eleições uma voz "poderosa" (que detém o passe do Daniel Carriço, só um dos jogadores mais valiosos do plantel), de forma a fazer "chantagem" perante os sócios; tem ele próprio ligações à Banca e serviu como um bom "capanga" que cobriu as costas do Godinho Lopes e fez o trabalho sujo de acusação das outras listas (principalmente da Lista C).
Quanto ao Abrantes Mendes, as utopias que lançou para o ar, deixam bem patente a sua inépcia, o que faz dele um "nada" neste processo.
Quanto ao Bruno de Carvalho, apenas fez aquilo que o Sr. (ou Sra.) teria feito: não colaborar com gente que durante mais de um mês levantou suspeitas sobre a sua pessoa, a sua competência e a sua decência.
Por favor, não deixe que lhe tapem os olhos com a peneira!
Resposta a Paiva:
Concordo consigo, excepção feita ao uso da expressão "dinastia Roquette". Este presidente apresentou uma alternativa de gestão e de filosofia. A primeira falhou, depois de uns anos, mas a segunda é ainda parte integrante da identidade verde e branca que faz de mim e de si sportinguistas (estou a falar da Academia e dos vários presentes que nos foi trazendo, que nos está a trazer e que continuará a trazer). A "dinastia" de que fala é a "dinastia Godinho Lopes"! Tal como disse, é ele um dos grandes responsáveis pelos deslizes relativos à construção do estádio e pelo despesismo absurdo na construção de uma infra-estrutura que ainda hoje não satisfaz os sportinguistas. A "dinastia" de que fala é a "dinastia dos Bancos e da dívida", aquela que levará, dentro de poucos meses à hipoteca do pouco que resta do património do Clube.
Deixo uma curiosidades: Quem acha que é verdade que o tal treinador que virá para o Sporting é o Domingos?
Saudações leoninas,
Simão Pais